A doença de Ménière é uma labirintopatia que foi inicialmente descrita por Prosper Menière em 1861 e em sua homenagem foi então denominada. Trata-se de uma doença que afeta o ouvido interno, sendo causada pelo aumento de pressão da endolinfa, o fluido biológico que preenche os canais semicirculares (labirinto). A doença de Menière é um dos principais tipos do que chamamos popularmente de “labirintite”.
A doença de Menière é caracterizada por crises de: vertigens (sensação de rotação tanto do corpo quanto do ambiente) , zumbidos (percepção de ruído geralmente de tom agudo) e hipoacusia (diminuição da audição). Esses sintomas nem sempre estão presentes simultaneamente. Muitas pessoas podem também se queixar de uma sensação de pressão ou plenitude no ouvido afetado.
A doença de Ménière raramente é bilateral (afeta os dois ouvidos em apenas 10% a 15% dos casos). A perda auditiva geralmente é flutuante, ou seja, a audição piora nas crises e se recupera parcialmente ao seu final. Ao longo do tempo, e após sucessivas crises, a tendência é que audição fique seriamente comprometida.
As mulheres são mais afetadas que os homens e a maior incidência da doença ocorre entre a quarta e quinta décadas de vida.
Nas crises além dos sintomas clássicos da doença (vertigem, zumbido e hipoacusia) ainda é comum que aconteçam náuseas e vômitos, geralmente acompanhados de dor de cabeça. Uma crise pode durar desde poucos minutos ou até permanecer por vários dias.
Para a grande maioria dos pacientes o tratamento da doença de Menière é clínico, com uso de medicamentos, apenas durante as crises. Fisioterapia de reabilitação labiríntica pode ajudar em muitos casos.
Pode-se optar também pela solução cirúrgica (a cirurgia é denominada de descompressão de saco endolinfático), que é um procedimento reservado para os casos refratários aos tratamentos clínicos, em pacientes com grande perda de qualidade de vida, com vertigens incapacitantes.
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